A Mãe das almas do Purgatório
Maria Santíssima não é só na terra a consoladora dos aflitos. O amor de tão doce e santa Mãe se estende até as chamas expiatórias do Purgatório. Que mãe ficaria insensível vendo um filho num braseiro ardente, a sofrer? Nossa Senhora, a mais terna das mães, não é insensível ao padecimento horroroso de seus filhos. Sobre o fogo vingador da Justiça Eterna, derrama a Santíssima Virgem a chuva benfazeja do seu carinho Materno. “Oh! Como é boa Maria, exclama São Vicente Ferrer, para os seus filhos que gemem no Purgatório! Por sua intercessão, a todo momento, são consolados e socorridos” Disse Nossa Senhora a Santa Brígida: “Eu sou a Mãe de todos que estão no Purgatório, porque todas as penas infligidas aos mortos, para expiação de suas culpas, são aliviadas pelas minhas orações”
Como é bom ser filho de Maria! Socorre-os Ela na triste peregrinação pela vida, socorre-os naquela derradeira hora, a hora da passagem para a Eternidade. E vai além o seu amor materno. Desce ao Purgatório, visita seus filhos, consola-os. Ó Maria, doce estrela de Jacó, que brilhais sobre o Oceano de fogo que se chama Purgatório, tende compaixão das pobres almas, almas de meus queridos, almas abandonadas que expiam no Purgatório. Boa Mãe, vinde em meu socorro, doce alívio de minha alma, doce refrigério do Purgatório! (Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 356)