Santo Agostinho, em várias de suas obras, aborda a questão dos vícios e suas consequências para a alma e a vida espiritual. Os vícios são como hábitos ou disposições que afastam a alma de Deus, corrompem a moral e conduzem ao pecado, atos e ações perniciosos que distorcem a vontade e conduzem o ser humano a ações contrárias à lei de Deus e ao bem moral. Ele explica que os vícios são uma corrupção das virtudes e um desvio do caminho certo.

Já em relação às virtudes, podemos dizer que são hábitos positivos que aproximam a alma de Deus e promovem o crescimento espiritual. Santo Tomás de Aquino, em sua obra “Suma Teológica,” define a virtude como um hábito bom e operante que aperfeiçoa a capacidade humana de agir de acordo com a razão, orientando as ações para o bem. Ele explica que a virtude é aquilo que torna uma pessoa boa e suas obras boas.

Nas palavras de São Tomás: “A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. O virtuoso tende para o bem com todas as suas forças sensíveis e espirituais; ele persegue o bem e o escolhe em ações concretas”.

As virtudes são essenciais para a vida moral e espiritual, pois orientam as paixões e as ações humanas de acordo com a razão iluminada pela fé, elas tornam a pessoa apta a agir de maneira correta, não apenas ocasionalmente, mas habitualmente, cultivando uma disposição estável para o bem. Trata-se de uma disposição habitual que capacita a pessoa a agir de acordo com a razão e a orientação divina.

As virtudes são fundamentais para a vida moral, proporcionando um caminho seguro para a realização do bem e a perfeição humana em consonância com a vontade de Deus. Dessa forma, finalizamos nossa série de textos sobre virtudes e vícios, espero que tenham gostado e que tenham conhecido um pouco mais sobre este importante tema para nossa caminhada rumo à santidade.

Fiquem com Deus!

Paula Prete e Vitor Prete